Vera Regina Meinhard
PROTAGONISMO: Pense Grande e Aja!

Desde a luta das sufragistas no Reino Unido no final do século XIX muita coisa mudou e as mulheres reconquistaram uma parte do seu direito natural para exercer as escolhas que definem o rumo da sua vida.
A AMCHAM acredita na importância da equidade. Em 2016 escolheu como tema de trabalho para seu comitê de mulheres executivas em Curitiba “o protagonismo feminino” e promove encontros regulares para engajar as mulheres individualmente e coletivamente.
Na quarta-feira 24 de agosto, realizou um debate que reuniu mais de 80 participantes para ouvir 3 protagonistas que trouxeram para o ambiente de trabalho programas e ações de empoderamento da mulher: Ana Paula Camargo - diretora de Recursos Humanos da Renault do Brasil, Margaret Groff - diretora Financeira da Itaipu Binacional e Sônia Knopik - sócia da Ecofábrica.
A equidade de gênero é uma questão essencial do desenvolvimento sustentável. O engajamento da ONU criou uma agenda positiva em torno do assunto. Essa agenda global é muito importante para abrir espaço para práticas que estimulam o discurso da igualdade de gênero. No entanto, é com a contribuição de cada um de nós que poderemos fazer a mudança cultural necessária para alcançar a equidade nas organizações. Na vida empresarial, isso significa favorecer com igualdade de oportunidades pessoas com competências e engajamento semelhantes.
No dia 26 de outubro, a AMCHAM organizará um novo encontro para juntos trabalharmos na questão da logística familiar: como compartilhar as questões da esfera doméstica para abrir espaço na agenda feminina para cuidar da carreira? Como a mulher pode ser protagonista nesta demanda? Como os homens podem se preparar para esta nova era? Como atuar na educação dos filhos para mudar as práticas e preparar o futuro?
Segundo uma pesquisa do IBGE em 2014, no que concerne aos salários, as mulheres ainda ganham em média 24,8% menos que os homens. E ainda, segundo a Grant Thornton International Business, em 2016 as mulheres ocupam 24% dos cargos de alto escalão no mundo e 19% no Brasil.
Uma das grandes dificuldades para as mulheres que se engajam na vida corporativa perseguirem uma carreira ainda é o medo de se sentirem abandonando a educação dos filhos e o cuidado com a família. Para escolher é preciso entender que existe sempre recompensas e custos, assinalaram as três convidadas que também são mães, cuidam muito bem de si-mesmas e tem vida social ativa. E, para exercer nossas escolhas é preciso planejamento e também trazer os homens para mais próximo da educação dos filhos e da logística familiar.
Aguardamos vocês, mulheres e homens da vida organizacional, para juntos aprendermos a lidar melhor com os desafios desta nova era!
Veja também artigo na Gazeta do Povo: Ações de equidade nas empresas fomentam a ascensão feminina.